Exposição em SP revela o universo de Frida Kahlo

No próximo domingo, dia 27, o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, abre suas portas com uma das exposições mais aguardadas e comentadas do ano no Brasil: “Frida Kahlo – conexões entre mulheres surrealistas no México“.

A exposição, que tem curadoria de Teresa Arcq, conta com cerca de 100 obras de 16 artistas mulheres, nascidas ou radicadas no México, e que se relacionaram direta ou indiretamente na primeira metade do século passado com Frida Kahlo. Além da artista, o grande nome da mostra, Maria Izquierdo, Remedios Varo e Lenora Carrington também são destaque da exposição que possui 20 obras de Frida que serão exibidas pela primeira vez ao público brasileiro.

Frida Kahlo fotografada pelo húngaro Nickolas Muray (Foto: Nickolas Muray/Divulgação)
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Frida Kahlo fotografada pelo húngaro Nickolas Muray (Foto: Nickolas Muray/Divulgação)

Nascida e criada na Cidade do México, Frida fez a capital do país coadjuvante de sua vida e de suas criações! Assim, nada mais interessante que uma volta na cidade para mergulhar ainda mais no universo da pintora.

Casa Azul (Coyoacán)
Sinônimo de Frida Kahlo na Cidade do México, a Casa Azul, como é conhecida, foi o local onde a pintora nasceu em 06 de julho 1907. Foi lá também que passou a maior parte de sua vida e terminou seus dias. Apesar de trágica, a vida da artista também foi muito agitada e única. Atualmente, a Casa Azul é o Museu Frida Kahlo.

Lá é possível conhecer um pouco a história da artista, que aos seis anos contrai poliomielite e fica manca e passa a ser chamada de perna de paus pelos colegas e começa a adotar calças e saias longas.

Dando início aí ao famoso estilo que marcou a personagem. Aos 18 sofre um grave acidente quando o bonde em que viaja se choca com um trem e fica meses entre a vida e a morte, passa por diversas cirurgias e sobrevive. Durante a convalescência começa a pintar. Em 1928, entra para o partido comunista e conhece Diego Rivera, seu grande e turbulento amor de toda sua vida. 

Palácio de Bellas Artes
O escritor Carlos Fuentes relembra em um de seus relatos que as entradas de Frida Kahlo no teatro municipal sempre era um acontecimento. As muitas pulseiras, brincos e adereços que sempre usava faziam um som característico que todos sabiam que representante ilustre estava chegando. Além disso, é no espaço que estão alguns dos mais importantes murais de Diego Rivera. Parada obrigatória. 

Museo Dolores Olmedo
Para admirar alguns bons trabalhos de Frida e Diego, nada melhor que uma passada pelo Museu Dolores Olmedo, que foi um dos grandes mecenas de Diego e, sua amante, segundo alguns dizem! Nada confirmado… O museu fica perto do tradicional parque de Xochimilco, onde é possível fazer passeios com as coloridíssimas trajineras. 

Museo Estudio Diego Rivera
Projetada pelo renomado arquiteto Juan O’Gormana em 1931, as casas gêmeas, como são conhecidas, ficam prontas um ano mais tarde e são o primeiro projeto arquitetônico funcionalista da América Latina. A propriedade é dividida em duas casas, a de Diego e a de Frida, que é ligada por uma pequena ponte. A artista morou apenas sete anos ali, de 1934 a 1941, quando se separa de Diego e volta para a Casa Azul. Quando estiver organizando o passei, planeje a visita para o sábado, pois próximo ao museu, no bairro de San Ángel, está a feira “El Bazaar del Sábado” no qual é possível encontrar artesanatos locais, comidas típicas, roupas etc.

Quintonil
Eleito o melhor restante do México (6º lugar) na atual lista do 50 melhores restaurantes da América Latina (50 Best), é o lugar ideal para provar um dos pratos preferidos da pintora mexicana, o mole, uma espécie de caldo que é cozido por horas até engrossar e que contém diversos ingredientes e especiarias. Curiosamente, Frida gostava muito de cozinhar e possui um livro de receitas, o “Frida’s Fiestas: Recipes and Reminiscences of Life with Frida Kahlo”.

Polanco
O estilo único de Frida Kahlo não marcou apenas suas fotos e autorretratos, mas inspirou uma estilistas e marcas ao redor do planeta. Criado intencionalmente para esconder as deficiências físicas, a artista utilizava vestimentas típicas mexicanas, principalmente da região de Tehuana, região natal de sua mãe, conhecidos como trajes de Tehuantepec, para compor seus looks. Hoje, o bairro de Polanco é o coração da moda na Cidade do México. É lá que estão as principais lojas das grifes internacionais e das principais marcas mexicanas. Vale uma parada na multimarca Common People para se conhecer o que existe de mais quente na moda do país. Assim como na Pineda Covalin, etiqueta clássica mexicana.

Frida Kahlo – conexões entre mulheres surrealistas no México
Onde: 
Instituto Tomie Ohtake
Quando: De 27 de setembro a 10 de janeiro
Quanto: R$ 10, meia R$ 5. Grátis às terças-feiras
Horário: Das 11h às 20h (de terça a domingo)
Site: www.institutotomieohtake.org.br