EUA mudam regra na emissão de vistos para brasileiros

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil confirmou na tarde desta terça-feira (31) mudanças na emissão de vistos para brasileiros. A principal delas é com relação à isenção de entrevista. Mais cedo uma fonte ouvida pela reportagem disse que as novas medidas já estavam valendo desde ontem.

Antes, pessoas com 16 anos incompletos ou com mais de 66 anos eram isentas da entrevista com o agente consular. A partir de agora, as idades passaram para 14 anos incompletos ou mais de 80 anos, respectivamente.

A principal delas é com relação à isenção de entrevista para tirar o visto americano
A principal delas é com relação à isenção de entrevista para tirar o visto americano

Essa mudança deve dificultar a vida de muitos brasileiros, já que, agora, para fazer a entrevista será preciso ir a um dos quatro consulados americanos no país –São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília ou Recife.

Outra alteração é com o limite de renovação para um visto expirado, que caiu de quatro anos para um.

As mudanças são efeitos das medidas anunciadas na semana passada pelo presidente Donald Trump, que vetou a entrada de cidadãos de sete países muçulmanos –Irã, Iraque, Líbia, Somália, Síria, Iêmen e Sudão.

Em 2015, o Brasil assinou um acordo com os Estados Unidos para facilitar a entrada de “viajantes frequentes” brasileiros no território norte-americano. A ideia era que a medida estivesse valendo no primeiro semestre de 2016, o que não acabou correndo.

Na semana passada, o embaixador brasileiro em Washington, Sergio Amaral, disse acreditar que em curto prazo, a concessão de vistos àqueles que fazem visitas frequentes aos EUA, seja a negócios ou para algum tipo de intercâmbio, poderá ser facilitada na gestão Trump.

O programa Global Entry permite a entrada nos EUA sem passar pelas filas de imigração, em casos específicos.
Atualmente, participam do programa Colômbia, Reino Unido, Alemanha, Panamá, Singapura, Coreia do Sul, México e Holanda.

O Brasil é um dos dez países que mais enviam turistas aos Estados Unidos.

Com informações da Zero Hora