Arte de fazer chocalho português ganha classificação da Unesco

Em uma cerimônia especial na Namíbia, a Unesco reconheceu o fabrico de chocalhos –os sinos de gado típicos da região do Alentejo, em Portugal– como Patrimônio Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente. A decisão foi celebrada pelo comitê português ao som deste objeto tradicional, que merece distinção pelo cuidado no design e a autenticidade no fabrico por mestres artesãos.

A candidatura resultou de uma parceria entre a Agência de Promoção de Turismo do Alentejo e entidades públicas da região, que reconhecem a importância do fabrico do chocalho para a identidade local.

A arte chocalheira tem mais de dois mil anos e está em vias de extinção. Restam 13 mestres chocalheiros, nove deles com mais de 70 anos; os outros têm entre 30 e 40 anos, e nenhum tem aprendizes. Por isso mesmo, os promotores da candidatura estão desenvolvendo um plano para preservar e salvaguardar a transmissão deste conhecimento.

“Temos consciência de que a preservação da nossa identidade é extremamente importante, tanto para a nossa comunidade como para os turistas, que vêm à procura do que temos de melhor”, diz Vitor Silva, presidente da Agência de Promoção de Turismo do Alentejo.

A arte de fazer chocalhos é um dos ícones da nossa região e traduz um pouco da experiência bucólica e tradicional que oferecemos.

Considerado o destino mais genuíno de Portugal, o Alentejo é a maior região do país. Privilegiando um lifestyle tranquilo em que a experiência de viver bem dá o tom, conta com belas praias intocadas e cidades repletas de atrações ímpares, como castelos e monumentos históricos.