Andar de trem pela Europa pode ser incrível; confira dicas

Viajar de trem pela Europa tem muitas vantagens. As estações costumam ficar em áreas centrais da cidade, economizando tempo e esforço. Também não é preciso fazer check-in, então não há motivos para chegar com horas de antecedência. Por último, as políticas sobre bagagem costumam ser mais flexíveis do que em empresas aéreas.

No entanto, usar o transporte sobre trilhos em solo europeu geralmente não é a opção mais barata, já que a concorrência de outros meios de transporte é pesada. Por lá, companhias aéreas (Ryanair e Easyjet ) e rodoviárias (Megabus) chegam a oferecer passagens por 10 euros ou menos. São chamadas de empresas low cost.

O Dubbi, plataforma colaborativa de viajantes, explica como economizar na hora de comprar passagens e mostra roteiros imperdíveis para andar de trem na Europa.

Paisagem

Não dá para falar sobre andar de trem pela Europa sem citar a paisagem. Cadeias montanhosas, lagos, castelos, campos verdes, uma viagem desse tipo pelo velho continente pode proporcionar tudo isso.

Outro aspecto interessante é que andar de trem não é algo que temos muita oportunidade de fazer no Brasil, o que já deixa a viagem mais especial. Portanto, se a diferença de valor for pouca, compensa fazer um passeio diferente.

Economizando na passagem

Quando se fala em trens europeus, muita gente já pensa nos passes ferroviários. São diversas modalidades de passe, que permitem ao viajante pegar quantos trens quiser em um determinado espaço de tempo e em determinadas regiões, mediante um pagamento único.

Parece uma ótima ideia, tanto que os passes chamam a atenção de quem não quer planejar cada detalhe da viagem antes de partir. Porém, a verdade é que eles são vantajosos em poucas ocasiões.

O valor dos passes é elevado e alguns países (como França, Portugal, Itália, Espanha e Suécia) exigem reserva antecipada dos passageiros, o que acaba com a espontaneidade do uso do passe e ainda representa uma taxa a mais (por volta de 10 euros o trajeto). Os passes também não valem para trens de alta velocidade, como o Eurostar, que faz a ponte Londres-Paris.

Só comece a cogitar um passe se você for usar trens por mais de quatro dias durante a viagem. Aí, é hora de fazer as contas e ver o que compensa mais. O viajante Daniel Ribeiro, do blog GoEuropa, especialista no assunto, já deu várias dicas sobre como descobrir se os passes valem a pena em sua coluna semanal.

Estação central de Berlim[/img]

Trens noturnos podem custar mais caro se houver a opção de leito. Ao mesmo tempo, eles permitem que você economize uma diária de hotel ou hostel, veja o que vale mais a pena para o seu caso.

Roteiros dos sonhos na Suíça

Alguns roteiros feitos especialmente para andar de trem pela Europa fazem qualquer preço mais elevado recompensar o gasto. A Suíça é o melhor país para se conhecer de trem. Linhas panorâmicas, com poucas paradas, levam os passageiros pelos Alpes e lagos do país.

Os mais famosos roteiros são o Glacier e Bernina Express. A dica é não fazer bate-voltas em trens panorâmicos. Os percursos são longos demais para que se volte pela mesma paisagem.

O Bernnia Express faz o trajeto Chur/Davos/St. Moritz/Tirano, em meio aos vales alpinos nevados. A ferrovia, de tão histórica, é tombada pela Unesco. O traçado nem se fala: um viaduto em espiral ao fim da descida.

O Glacier Express também oferece vistas espetaculares dos alpes suíços, em suas quase oito horas de viagem entre Zermatt, Davos e St. Moritz. Um dos pontos altos é o trecho da Ferrovia Rética, também patrimônio da humanidade pela Unesco, por seus viadutos em curva.